terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Festas Felizes a Tod@s Amig@s



Com votos de um 2011 cheio de realizações e, Paz, Amor e Justiça para Tod@s em Todos os Lugares!!!!!

Sempre vosso

Custódio Duma

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Contra a perseguição do WikiLeaks

A campanha de intimidação massiva contra o WikiLeaks está assustando defensores da mídia livre do mundo todo.
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Advogados peritos estão dizendo que o WikiLeaks provavelmente não violou nenhuma lei. Mas mesmo assim políticos dos EUA de alto escalão estão chamando o site de grupo terrorista e comentaristas estão pedindo o assassinato de sua equipe. O site vem sofrendo ataques fortes de países e empresas, porém o WikiLeaks só publica informações passadas por delatores. Eles trabalham com os principais jornais (NY Times, Guardian, Spiegel) para cuidadosamente seleccionar as informações que eles publicam.
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A intimidação extra judicial é um ataque à democracia. Nós precisamos de uma manifestação pública pela liberdade de expressão e de imprensa. Assine a petição pelo fim dos ataques e depois encaminhe este email para todo mundo – vamos conseguir 1 milhão de vozes e publicar anúncios de página inteira em jornais dos EUA esta semana!
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O WikiLeaks não age sozinho – eles trabalham em parceria com os principais jornais do mundo (NY Times, Guardian, Der Spiegel, etc) para cuidadosamente revisar 250.000 telegramas (cabos) diplomáticos dos EUA, removendo qualquer informação que seja irresponsável publicar. Somente 800 cabos foram publicados até agora. No passado, a WikiLeaks expôs tortura, assassinato de civis inocentes no Iraque e Afeganistão pelo governo, e corrupção corporativa.
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O governo dos EUA está usando todas as vias legais para impedir novas publicações de documentos, porém leis democráticas protegem a liberdade de imprensa. Os EUA e outros governos podem não gostar das leis que protegem a nossa liberdade de expressão, mas é justamente por isso que elas são importantes e porque somente um processo democrático pode alterá-las.
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Algumas pessoas podem discordar se o WikiLeaks e seus grandes jornais parceiros estão publicando mais informações que o público deveria ver, se ele compromete a confidencialidade diplomática, ou se o seu fundador Julian Assange é um herói ou vilão. Porém nada disso justifica uma campanha agressiva de governos e empresas para silenciar um canal midiático legal. Clique abaixo para se juntar à chamada contra a perseguição:
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Você já se perguntou porque a mídia raramente publica as histórias completas do que acontece nos bastidores? Por que quando o fazem, governos reagem de forma agressiva, Nestas horas, depende do público defender os direitos democráticos de liberdade de imprensa e de expressão. Nunca houve um momento tão necessário de agirmos como agora.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Escuteiros moçambicanos contra HIV/SIDA

A Liga dos Escuteiros de Moçambique (LEMO), convida todos os interessados a participar na constituição das Brigadas Voluntárias de Protecção Civil (em cooperação com a Polónia – Fundo para pequenos projectos Polska Pomoc).

As Brigadas se preparam para entrar em actividades inter-provinciais “Rumo aos Valores da Vida – normas e princípios dos Escuteiros no combate ao HIV/SIDA”.
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Data & Local:
Domingo, 5 de Dezembro de 2010, das 10h00 às 12h00 Maputo: Residencial Kaya Kwanga, Pavilhão, Rua D. João de Castro № 321
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Informação adicional:
LEMO – Direcção Nacional
Rua Comandante João Belo 203, 2° – Dt°, Maputo, C.P. 3610
Tel / Fax + 258 21 326 287; + 258 82 773 7080

Sempre Pronto para Servir!
Prof. Dr. Leonardo Adamowicz
Escuteiro Chefe Nacional

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Metalidade Escrava

O ferro da corrente que,
Perpetua a mentalidade e o preconceito
Do meu povo continuar a ser escravo sempre
Dobrou-se e fortaleceu-se com o tempo, no sono,
E na preguiça de quem pensa


Sentiu-se um fluir de lideranças vazias
Sonantes para conquistar o estandarte
Mesquinhas para recobrar os mais altos valores
Da nobre nação que nós somos, todavia
Desde sempre humilhada por quem nos conhece






Povo livre com mente acorrentada
Negros ricos,
Negros escravos e dependentes de quem sabe o que quer
Povo que cegou quando viu a luz
E nunca percebeu quando o abismo se ergueu


Gente que vende a alma pelo bem do corpo
Mentiu-se a si mesmo de uma independência,
Que nunca mais chegou
Entoou hinos de revolução para matar a fome
E vendeu-se,
Vendeu-se na ambição de quem pensa com o umbigo


Povo negro deste continente sagrado
Povo humilde e refém dos seus próprios filhos e ideais
África, Um lugar,
Onde a primeira luz do mundo nasceu, porém
Para onde essa luz nunca mais voltou, assim mesmo
Como fazem os seus melhores rebentos


Alivia-me sim a terra
Que nos suporta com a mesma dor de sempre
Que nos morde e nos fere
Que engole com amargura as nossas lágrimas
E mais uma vez nos mostra o caminho
Da cor e do sangue
De sermos a mãe da humanidade

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Campanha de Alerta sobre o Cancro da Mama

Outubro é o mês que se dedica à tomada de consciência da existência do Cancro da Mama. É assinalado no Mundo inteiro através de variadas formas e campanhas envolvendo toda a sociedade.


Em Moçambique, a ASSOCIAÇÃO DE LUTA CONTRA O CANCRO quer juntar-se a todo o movimento mundial nesta campanha de consciencialização. Para isso, pretende levar a cabo diversas actividades a fim de alertar toda a comunidade, em especial as mulheres, para a detecção e diagnóstico precoce do cancro da mama. Assim, temos programadas as seguintes actividades:

Marcha pela Campanha de Alerta Contra o Cancro da Mama – com participação de cidadãos voluntários (incentivamos as senhoras e meninas) – percurso: início na Praça de OMM, seguindo as avenidas Kenneth Kaunda, Julius Nyerere, Mao Tse Tung, terminando no Parque dos Continuadores.

Pedimos para todos usarem uma camisete branca para adicionar o lacinho rosa, símbolo do cancro da mama, que será distribuído aos participantes.

Dia 31 de Outubro de 2010, concentração às 07:00hs na Praça da OMM

Campanha de Alerta Contra o Cancro da Mama - Feira de Saúde, Gastronomia e Artes, a ser realizada no espaço do Parque dos Continuadores, com tendas diversas.
Dia 31 de Outubro de 2010, Domingo, das 8:00hs – 16:00hs

Convidamos todos os interessados a participar nas actividades acima referidas e agradecemos desde já a vossa presença!

A Presidente da ALCC
Dra. M. Patrícia M. da Silva

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quem já saiu da Mina??? E Quem ainda vai sair????


Já saíram da mina:

1- Florencio Ávalos: 31 anos, capataz, casado. Irmão de Renán, outro mineiro preso sob a terra. Na saída foi recebido pela mulher e pelo filho Byron, que chorou ao ver o pai.

2- Mario Sepúlveda: 40, eletricista, casado. Subiu o túnel gritando dentro da cápsula de resgate e na saída distribuiu pedras da mina às autoridades. Foi o apresentador da maioria dos vídeos do grupo.

3- Juan Illanes: 52, mineiro, casado. Veterano do conflito fronteiriço entre Chile e Argentina em 1978. Foi abraçado pela mulher e saudou as autoridades presentes.

4- Carlos Mamani: 23, operador de máquinas pesadas, casado e com uma filha. Boliviano e único estrangeiro do grupo. Ele se ajoelhou ao deixar a cápsula e foi recebido pela esposa e pelo presidente do Chile, que exibiam bandeiras da Bolívia.

5- Jimmy Sánchez: 19, mineiro, solteiro e o mais jovem do grupo. Muito emocionado ao deixar a cápsula, foi recebido pelo pai.

6- Osman Araya: 30, mineiro, casado, com três filhos. Ao deixar o local, abraçou a esposa Angélica.

7- José Ojeda: 46, encarregado de perfuração, viúvo, diabético e autor da famosa mensagem "Estamos bem no refúgio, os 33". Foi recebido pela filha, que tinha uma bandeira do Chile nas mãos.

8- Claudio Yáñez: 34, operador de máquina, duas filhas. Foi recebido com um longo abraço da companheira, com quem prometeu se casar antes de deixar a mina. O momento foi registrado por uma das filhas com uma câmera de vídeo. 9- Mario Gómez: 63, motorista, casado. É o mais experiente do grupo, filho de mineiro.

10- Alex Vega: 32, mecânico de máquinas pesadas, casado. No dia 22 de setembro, celebrou o aniversário no interior da mina. Fez o sinal da cruz e em seguida abraçou a esposa, Jéssica Salgado.

11- Jorge Galleguillos: 56, mineiro experiente, casado, sofre de hipertensão.

12- Edison Peña: 34, mineiro, solteiro.

13- Carlos Barrios: 27, mineiro, solteiro.

14- Víctor Zamora: 33, mecânico, casado.

15- Víctor Segovia: 48, eletricista, casado e encarregado de registrar por escrito o que ocorre dentro da mina.

  • 16- Daniel Herrera: 27 anos, motorista de caminhão, casado.

17- Omar Reygadas: 56, eletricista, casado, recém contratado para trabalhar na mina.

Ainda serão resgatados:

18- Esteban Rojas: 44, encarregado de manutenção, casado.

19- Pablo Rojas: 45 anos, encarregado de explosivos, casado. Trabalhava há menos de seis meses na mina.

20- Darío Segovia: 48 anos, operador de máquina, casado.

21- Yonni Barrios: 50, eletricista, casado e encarregado do acompanhamento médico dos mineiros por seus conhecimentos de enfermagem. É aguardado no exterior da mina por duas companheiras, que já brigaram.

22- Samuel Ávalos: 43, mineiro, casado e com antecedentes no uso de entorpecentes.

23- Carlos Bugueño: 27, mineiro, solteiro.

24- José Henríquez: 54, encarregado de perfuração, casado e guia espiritual dos mineiros.

25- Renán Ávalos: 29, mineiro, solteiro, irmão de Florencio Ávalos.

26- Claudio Acuña: 44, operador de perfuradora, solteiro.

27- Franklin Lobos: 53, motorista, solteiro e ex-jogador profissional de futebol.

28- Richard Villarroel: 27, mecânico, solteiro.

29- Juan Aguilar: 49, supervisor, casado.

30- Raúl Bustos: 40, mecânico hidráulico, casado. Trabalhava como mecânico nos estaleiros da Marinha chilena em Talcahuano, porto destruído pelo tsunami de 27 de fevereiro.

31- Pedro Cortez: 24, eletricista, solteiro.

32- Ariel Ticona: 29, motorista de máquina pesada, casado. Sua mulher, Margarita, deu à luz a terceira filha durante o pesadelo dos mineiros e a batizou de Esperanza a pedido do marido.

33- Luis Urzúa: 54, topógrafo e chefe de turno, casado. É o líder do grupo.

Hoje estou torcendo por estes mineiros chilenos!!!


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Gastronomia ucraniana em Maputo

A Comunidade Ucraniana de Moçambique o convida visitar o Balcão Ucraniano na Feira Gastronómica Internacional.

Local: Escola Internacional de Maputo
Data: 9.10.2010 (Sábado)
Início: 11h00

Endereço: Maputo, Rua de Nachingueia № 389, recinto da Escola Internacional de Maputo (perto do Hotel Cardoso e Museu da História Natural).

A sua presença terá o nosso maior apreço!

Faça um click no convite para o ver no tamanho maior.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dicas ao Governo para começar a poupar

Circula nos e-mail'es maputenses um texto da autoria desconhecida, que contém as propostas bastante razoáveis, na minha modesta opinião, de como o Governo moçambicano poderá facilmente poupar nos inúmeros gastos do Estado, que sobremaneira pesam no nosso erário público.

Eis o texto do patriota desconhecida(o) que poderá servir de reflexão:

1. Menos presidências abertas, logo menos helicópteros alugados. Quanto custam? Quantas escolas primárias ter-se-iam construído pelo valor do aluguer desses famosos helis?
2. Já alguém reparou quantas viaturas compõem a escolta presidencial, que inclui ambulância e bombeiros? Se houver um acidente em pleno centro da cidade capital, de certeza que não há ambulância e bombeiros para acudir as vítimas.
3. Já alguém passou, por exemplo, defronte à residência oficial da Governadora da Cidade de Maputo (cruzamento das Av. Julius Nyerere e Mao Tsé Tung)? Se passar, por lá verá sempre à disposição uma viatura da polícia. No entanto, se alguém for importunado em pleno centro de Maputo, a polícia não dispõe de viatura para se deslocar ao local e proteger o pacato cidadão.
4. Menos ministérios, menos gastos, mais eficácia e mais eficiência. Para quem não sabe, basta imaginar os valores que envolvem o gabinete do ministro (viaturas, regalias, despesas de representação, assessores), vice-ministro (viaturas, regalias, despesas de representação, assessores), secretárias, despesas correntes (água, energia, comunicações, economato, etc, etc).
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Veja-se a seguir como poderia ser um governo suficiente quanto baste:
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►Ministério das Finanças
●Secretaria de Estado do Tesouro
●Secretaria de Estado da Administração Pública
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►Ministério da Defesa
●Secretaria de Estado dos Combatentes
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►Ministério dos Negócios Estrangeiros
●Secretaria de Estado da Cooperação
●Secretaria de Estado das Comunidades
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►Ministério da Economia
●Secretaria de Estado da Energia
●Secretaria de Estado do Turismo
●Secretaria de Estado da Indústria
●Secretaria de Estado do Comércio
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►Ministério das Obras Públicas
●Secretaria de Estado da Habitação
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►Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas
●Secretaria de Estado da Agricultura
●Secretaria de Estado do desenvolvimento Rural
●Secretaria de Estado das Pescas
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►Ministério da Saúde►Ministério do Trabalho
●Secretaria de Estado do Trabalho
●Secretaria de Estado da Mulher e Acção Social
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►Ministério dos Transportes e Comunicações
●Secretaria de Estado dos Transportes
●Secretaria de Estado das Comunicações
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►Ministério da Cultura, Juventude e Desportos
●Secretaria de Estado da Cultura
●Secretaria de Estado da Juventude
●Secretaria de Estado dos Desportos
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Do exemplo acima, é possível ver que há ministérios que só existem para acomodar os “camaradas”, senão vejamos:
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●Ministério da Função Pública
●Ministério da Administração Estatal
●Ministérios dos Combatentes●Ministério da Mulher e Acção Social
●Ministério do Planificação e Desenvolvimento
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5. Redução dos Institutos Públicos e “Fundos”. Por acaso já alguém se interrogou o que fazem os famosos “Fundos”:
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●Fundo do Fomento Pesqueiro
●Fundo do Fomento Mineiro
●Fundo do Fomento p/ Habitação
●Fundo de EstradasEtc, etc, etc.
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São muitos “Fundos” sem fundo que drenam dinheiros do erário público para sabe-se lá o quê.
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6. O que fazem os famosos SP (Secretários Permanentes). Há-os em todos os ministérios, governos provinciais, governos distritais, etc, etc.
7. Talvez pucos saibam, mas cada vez que o PR se desloca, por exemplo, a uma província, instala-se na residência oficial do governador local. E cada vez que tal acontece, mesmo que por um dia, o recheio da casa é totalmente refeito. Já alguém imaginou quanto dinheiro isto envolve?
8. O que fazem as Assembleias Provinciais? Que mais valia trazem para o enriquecimento da nossa vida pública? Mais gastos, mais acomodação de “camaradas”, tudo pago pelo erário público;
9. Caros o anúncio do “congelamento” do aumento dos ordenados dos titulares de cargos públicos não passa de uma manobra de folclore político para entreter os menos atentos. O Governo sabe que o problema não reside aí. Mais do que congelar, é preciso CORTAR na despesa pública, muito desperdício que o Estado incorre desnecessariamente.
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Por hoje fico por aqui, para a semana trarei outras dicas para ajudar.
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Cumprimentos.

domingo, 29 de agosto de 2010

Burladores na área

Caso receber uma mensagem deste tipo, saiba que está na mira dos burladores. A verdadeira VISA nunca manda este tipo de comunicações via e-mail, sem saber se você possui ou não um cartão VISA.

Faça um click na imagem para ver em tamanho natural.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Renascimento Africano Hoje – Papel da Juventude

Obama convidou alguns jovens africanos para reflectirem sobre o significado da passagem de meio século das independências de alguns países africanos. A iniciativa foi por um lado admirada por pessoas que acreditam no futuro de África e nas boas intenções desse primeiro presidente norte-americano de origem afro-americana. Por outro lado, a mesma iniciativa foi altamente criticada e batida por aqueles que suspeitam das boas práticas e da política externa dos americanos.

Não tenho nada a ver com uns nem com outros, alegro-me em saber que jovens africanos de vários países incluindo Moçambique tiveram a oportunidade de junto de Obama e de outros jovens norte americanos, envolvidos em actividades e sonhos semelhantes, como é o activismo e o sector privado, tiveram a oportunidade de, abstraídos do seu dia-a-dia normal reflectirem sobre África.

É que, pelo sim ou pelo não, um apelo deve e urgentemente ser feito pelos quatro cantos da terra: o Renascimento Africano Hoje! Parece que o aparente desenvolvimento do continente, os muitos carros que cá são deitados pelo Japão que não encontra outra lixeira e o constante clima de diversão com bebidas alcoólicas, sexo, música e dança, atrofiaram as mentes de muitos que olham para África como um continente acabado.


Porque a informação no mundo circula toda em inglês e francês, os cidadãos como moçambicanos, oriundos de países falantes da língua portuguesa vivem num total desenquadramento sobre o que vai e vem pelo globo, sobre as reais necessidades da humanidade e sobre tudo, muito distantes das grandes decisões que em última instância determinam a nossa maneira de pensar e de agir.

Um continente como a África não deve ser condenado a cumprir uma agenda alheia. Esse é o maior desafio da juventude actual: identificar a agenda africana, estabelece-la, lutar por ela e realiza-la em todas as esferas da vida deste continente. O Renascimento Africano Hoje parte em redescobrirmos a nossa essência, a nossa origem, as nossas raízes e regar a árvore.


Não se constrói uma identidade nem um sonho no meio da distracção ou da diversão. Não se erguem nações no meio de festas, orgias e bebedeiras. Os tempos que vivemos exigem um pouco mais dos povos africanos, digo povos referindo-me a jovens. Estes, porque inda não têm a sua mente cauterizada, alienada, depravada ou vendida ao ego, à ambição pelo poder ou pela riqueza.
Os jovens africanos serão com certeza a salvação deste continente. Mesmo que, hoje, olhando para eles vejamos um cenário bastante sóbrio, na verdade esse cenário não está enraizado ainda. A falta de referências políticas, académicas e revolucionário, tornam uma grande parte da nossa massa jovem alienada, entregue ao imediato e obrigada a ser reboque de certas propagadas elitistas.


Jovens assim ainda podem ser iluminados. Um pouco mais de trabalho com educação e informação, com arte e cultura, com dialogo interacção e oferecimento de oportunidades e liberdades de interagirem com o essencial, teremos a curto prazo turmas de jovens a indagarem o caminho que seguimos, o destino que buscamos e a voz que seguimos.


Dizem que os africanos não são desenvolvidos porque são preguiçosos e porque não gostam de ler e escrever. Pode ser uma tese correcta. É também bem defendida por muitos intelectuais africanos. Eu não desminto, mas não concordo. Me parece que essa tese vem imbuída de preconceito e falta de respeito pela autonomia de africanos. Querer resolver os problemas de África comparando-os com outros povos pode ser fatal na conclusão.


Outro dos grandes desafios dos africanos para o Renascimento Africano Hoje é a descoberta das suas próprias habilidades e genialidades. Não é o domínio das artes e conhecimentos dos outros povos que nos vai tornar africanos. África só será ela mesma se se redescobrir e redescobrir suas habilidades, seus engenhos e suas genialidades. É isso e só isso que fará com que mundo olhe para África como um povo que tem o seu espaço, a sua opinião, a sua palavra e o seu lugar.



Estou convencido que a educação, a informação e a auto descoberta ou auto conhecimento nos próprios africanos pode significar a apresentação de uma nova África à humanidade. Precisamos aniquilar para sempre a África que é antiga colónia, aniquilar completamente a África subdesenvolvida e dependente, aniquilar a África reboque e vaca leiteira. É preciso fundar uma nova África, uma África feita de homens e mulheres que escrevem o seu destino, uma África de homens e mulheres responsáveis dos seus actos e cientes das consequências das suas decisões.


Estou também convencido que a disciplina e a organização podem fazer diferença num cenário em que tudo é colocado em frente das pessoas para distrai-las. A África passou a ser a principal cliente de muitos que pretendem vender tudo e mais nada, passou também a ser uma lixeira de quem já não tem espaço. A África passou a ser o circo onde quem quer divertir-se vem encontrar a distracção e a comédia. Só a disciplina pode virar o cenário. Quando pensarem que vamos comprar tudo ai nós mostramos o que realmente buscamos, quando pensarem que aceitamos tudo ai mostramos o que realmente nos faz sentido e quando connosco quiserem brincar mostramos que é passado o tempo de brincadeiras.


O Renascimento Africano Hoje, passa necessariamente em definirmos muito bem os limites das nossas fraquezas e habilidades. Só mentes dispostas a mudar podem reproduzir a consciência desse renascimento. Uma África indisciplinada e virada a resultados imediatos não logrará nenhum sucesso. Quanto mais nos viramos aos nossos umbigos mais adiamos a verdadeira revolução, a revolução que este continente busca. A revolução que definitivamente fundará a espaço do continente africano e do seu povo.

É chegado o momento em que a juventude africana precisa estabelecer uma nova palavra de ordem: Educação, Informação, Redescoberta e Disciplina em prol de uma nova África! Já se adiou bastante tudo o que devemos fazer por nós e pelas futuras gerações. Já se adiou demais o levantar da nossa consciência bem assim o esticar do primeiro passo rumo ao Renascimento Africano Hoje. Enquanto o dia ainda se levanta, levantemo-nos nós também, do sono existencial e estabeleçamos uma nova ordem de África para África!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Um Mundo sem Violência: Será que é Possível?


Quando a minha cabeça começou a abrir-se ao mundo, adoptei como meus modelos principais, de vida, de conduta e de inspiração, personagens como Marcus Mosiah Garvey e Malcolm X descendentes de escravos, Jesus Cristo e Rei Salomão figuras lendárias do povo judeu, Bob Marley e John Lennon músicos imortais, Elidja Muhamad, Abraão Lincoln, Mahatma Gandhi, Kwame Nkrumah, Leopold Senghor, Imperador Hailé Selassie da Ethiopia, Rainha Dzinga Mbandi de Angola, Martin Luther King, Madela e outros.


Cada uma das personalidades acima mencionadas teve seus bons e maus momentos, são por alguns, consideradas figuras santas e por outros, figuras diabólicas. Umas daquelas pessoas pautaram-se por uma política de violência e outras pautaram-se por uma política de não-violência. Porém, de entre tudo, algo tinham em comum: a inspiração pela paz, por um mundo onde todos fossem iguais e onde ninguém oprimisse o outro.


Alguém pode pensar que não é possível gostar de Malcolm X e de Martin Luther King ao mesmo tempo. Então pode crer que é possível, porque eu me inspiro nos dois, mais no Malcolm X que no Luther, mas sempre nos dois. E outros podem pensar que não é possível admirar Jesus Cristo ao mesmo tempo que Muhamad ou Sellassié. Pode crer que neste caso também é possível. Há sempre espaços em nós para admirarmos, venerarmos e amarmos personalidades diferentes. Depende do ângulo em que interpretamos os fenómenos.


Como podemos perceber no nosso dia-a-dia, a vida em sociedade é feita de adversidades, de contrários, de oposições e incoerências. Tento imaginar uma vida em sociedade onde tudo fosse coerente, concordante, linear e sem oposições. Mataríamos para sempre o fim último da existência humana, perderíamos o rumo da edificação da nossa personalidade e sucumbiríamos no desespero de nunca termos sido nada e nada!


Se então o mundo é e deve necessariamente ser feito de contrários ou opostos, será que podemos pensar numa existência sem violência? É que a tendência e o que estamos acostumados a ver é que na convivência dos contrários, os mais fortes tendem a usar da forca para suplantar os mais fracos. Mesmo que essa forca não seja só física, mas também psicológica, emocional ou de espiritual (para quem acredita).


O que vemos é que, os mais fortes, porque detêm a força física ou qualquer outro poder, mesmo que não estejam certos ou não tenham a opinião mais acertada, procuram e fazem de tudo para impor a sua vontade nos mais fracos. E os mais fracos, mesmo quando certos, são sujeitos a vontade dos fortes sob pena de exclusão, de sanção, de opressão, de sevícias, de dor e amargura.

Há que nem uma tendência de se pensar que a vontade da maioria é a mais acertada. Daí as falsas percepções sobre as pessoas que tenham hábitos ou costumes diferentes dos da maioria. Lembro que já houve tempos em que os canhotos representavam pessoas diminuídas. Em algumas sociedades se considera a homossexualidade um crime e me outras, os albinos são pessoas diferentes ou até objectos.

Em todo o mundo, as diferenças das pessoas podem criar desentendimento e até violência. Na África do Sul, aparentemente país mais desenvolvido de África, os emigrantes vivem num clima constante de tensão e violência porque não são bem-vindos em alguns lugares desse país. E uma das grandes razões é porque os imigrantes africanos trazem hábitos e costumes diferentes, para além de roubar o trabalho aos naturais. Mais uma razão para a violência, do mais forte para o mais fraco.

É incrivel, de acordo com uma representação feita por Zappiro, como os sul-africanos depois de se juntarem aos outros africanos torcendo por Ghana, findo o mundial de futebol se pre-dispuseram a “correr” com todos! Acabou o mundial de futebol, acabou o que nos une.

Não sei o que mais pode unir os humanos senão o facto de serem humanos. Não sei o que nos pode tornar iguais, como humanos, do que a nossa própria condição de seres humanos. Posso até ser redundante na minha fala, mas é que, por incrível que pareça, vejo nos argumentos que nos separam todos os elementos para nos unirem.

É verdade que precisamos todos fazer um profundo exercício reflectivo da nossa existência. Acontece muitas vezes todos passamos a ser vítimas das situações que nos hostilizam. O que discrimina, sofre tanto quanto o que é discriminado. O que não é discriminado e não está a discriminar é tão vítima também quanto os outros dois. A humanidade não é livre enquanto um ou dois seres humanos não são livres.

A visão global da humanidade faz-nos perceber os dramas de quem finge ser mais forte, mais rico, mais inteligente e o melhor dos humanos. Faz-nos perceber os dramas de quem se esforça a ser diferente para esconder sua fraqueza e suas dores. Daí que na matéria de vida em sociedade ser imperioso não se pensar em inimigos. Não há inimigos dos gays, das lésbicas, dos negros, dos gordos, dos baixinhos, dos judeus, dos mulatos, dos pobres, dos ricos, das mulheres, dos do norte, dos do centro ou dos do sul. Não há inimigos, há vítimas.


Somos todos vítimas de um sistema social que não foi capaz de fazer brilhar uma luz ou tornar visível um espelho onde todos nós, humanos nascidos iguais, embora cada um com suas diferenças, podemos nos olhar e descobrirmos como somos iguais e em grande medida uma única pessoa. Sim, uma única pessoa. Acredito que a humanidade inteira é uma única pessoa.


Isto, é um pouco do que tenho vindo a aprender a medida que me vou conhecendo. Não sei se algum dia me conhecerei profundamente, mas a verdade é que não serei capaz de conhecer os outros seres humanos se não me conheço a mim mesmo. O exercício de conhecer-me é já um exercício de conhecer a humanidade, sendo eu parte dela.

Bem haja a todos

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como Age o Inimigo

Bom, penso que li muita coisa boa com o título que escolhi para este texto. Lembra-me sempre Samora Machel, avó do meu amigo Milton. Aparentemente é difícil perceber quais são as artimanhas que os inimigos usam para nos derrubar.


Se calhar a maior questão seja a identificação do inimigo. Então o título deste texto deveria ser: quem é o inimigo? Também já li muita coisa boa com este título. Aparentemente é difícil perceber quem são os inimigos.


É que os inimigos não têm cara. Não usam uma matrícula na testa ou título nas costas. Contrariamente às declarações dos amigos, os inimigos nunca se declaram. Nunca aparecem para dizer que são nossos inimigos e que a qualquer momento poderão atacar-nos.


Parece que todos que estão em nosso redor são amigos e pessoas de boa fé. Parece que todos querem o nosso bem. Sejam eles vizinhos, colegas, companheiros ou lá o que forem. Todos mostram o sorriso e todos são anjos. Aparentemente todos são inocentes.


Gosto de pensar assim. Que todos em nosso redor são amigos e não inimigos. O que seria de mim se desconfiasse de todo o mundo que me rodeia. Eu sou alguém que acredita. Sou alguém que gosta de transmitir confiança e sobretudo, sou alguém que inspira amizade e transmite energias positivas. Modéstia a parte.


O mais interessante em tudo isso, é que todos ou quase todos que me rodeiam pensam o mesmo de si. Ou seja, eles também acreditam, transmitem confiança, inspiram amizade e transmitem energias positivas. Tal qual eu.


Se calhar essa seja a primeira táctica do inimigo: transmitir muita confiança, muita energia positiva e muita amizade calorosa. Quem sabe?


Com o parágrafo acima, é visível uma parte da resposta sobre as artimanhas que o inimigo usa para atingir os seus objectivos. Mas também, é respondida no mesmo parágrafo a questão sobre quem é o inimigo. E é simples de dizer: muitos dos nossos amigos são os nossos inimigos.


A inimizade é o inverso da amizade. A amizade é a expressão mais sublime da existência humana em sociedade. A amizade representa a imagem mais perfeita dos sentimentos nobres dos humanos. É através dela que os seres humanos não se sentem sós no planeta terra. É pela amizade que a vida tem um sentido próprio e é por ela que os homens preservam os outros valores sentimentais e emocionais.


Só a amizade pode fazer milagres. Só a amizade pode abrir portas impossíveis, pode retirar almas na fossa. Só a amizade pode renascer esperanças e até ressuscitar os mortos. A amizade faz como que os humanos sobrevivam e vivam eternamente. A amizade é o amor!


A amizade exige determinadas características, sendo uma delas a lealdade e outras a fidelidade, a verdade, o conhecimento mútuo, o cuidado, o sacrifício, a cooperação e a partilha. A partilha de responsabilidades, de momentos bons e maus, de situações, de alegrias e tristezas, etc!


Mas ok, este texto é sobre os inimigos e não sobre os amigos. Contudo, era necessário deixar uma luz sobre os amigos, dado que, os inimigos são a outra face da moeda que também ostenta os amigos.


Voltemos a questão: como age o inimigo? O inimigo age como amigo. Essa deve ser a resposta mais resumida que encontrei. Como assim? Porque o inimigo faz-nos crer que é amigo e depois começa a atacar-nos e a consumi-nos lentamente. As vezes, ele se pré dispõe a procurar o inimigo que ele sabe ser ele mesmo e leva-nos a dar uma volta interminável em torno da nossa própria cauda.


Depois, ele estabelece laços com outros inimigos nossos, na sequência, amigos seus e, detalha a nossa vida para eles, enumera nossas forcas e nossas fraquezas, dá dicas de ataques e paga a quem for capaz de realizar maiores proezas contra nós.


O inimigo finge sentir a mesma dor que nós, na verdade ele se alegra com os ataques que sofremos no dia-a-dia. Ele se alegra com a nossa desgraça e deseja que mais miséria nos aflija. O inimigo consegue verter lágrimas de crocodilo e tem saco de engolir todo excremento possível. O inimigo come aqui e come ali. Dança aqui e Dança ali. O inimigo é um ser desocupado consigo mesmo e se dedica a aparentar o que ele não é e nunca foi.


Por isso mesmo, há quem uma vez disse: mais do que confiar, feliz é o ser humano que desconfia. Mesmo assim, eu continuo a pensar que a melhor forma de matrecar um inimigo, é, depois de descobri-lo, continuar a confia-lo.


Embora o inimigo seja um cara que nos queira fazer mal, ele é também um ser humano. Amolece quando sente o calor humano e a energia da vida.


Penso que é importante deixar que os nossos inimigos caiam nas covas que eles mesmo fizeram. Como diz o cantor: que eles sejam sepultados na cova que eles mesmo abriram.
Sou muito feliz com os amigos que tenho!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Super – calendário aos fãs de futebol

O Portal espanhol marca.com preparou um verdadeiro mimo para qualquer amante de futebol. Todos os jogos, todos os estádios, todas as equipas, todos os dias e tudo em uma única aplicação WEB, simples e bonita.

Todas as páginas lusófonas devem ver para aprender.

Ver e deslumbrar-se:
http://www.marca.com/deporte/futbol/mundial/sudafrica-2010/calendario.html

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Racismo nas Notícias sobre Katrine

Brancos Acham e Negros Saqueiam

sexta-feira, 21 de maio de 2010

1ª Feira Made in Moçambique

quarta-feira, 19 de maio de 2010

MISA-MOÇAMBIQUE REPUDIA AMEAÇAS A SALOMÃO MOYANA


O MISA-Moçambique (e este blog também) tomou conhecimento, na manhã desta quarta feira, que o jornalista e director do semanário MAGAZINE INDEPENDENTE, Salomão Moyana, tem vindo, desde a noite de ontem, terça feira, a ser alvo de ameaças de morte proferidas por pessoas desconhecidas, que o fazem através de mensagens SMS não assinadas.

Uma das passagens de uma das mensagens, aparentemente, com motivações políticas, diz:

“ (…) vimos aquilo que você andou a escrever no seu jornal, tu escreves merda e pensas que nós somos burros. Você é Frelimo tribalista que defende bandidos ladrões como o seu pai Guebuza. Tu andas a insultar Jacamo, pensas que podes destruir a imagem dele com aquela merda que escreveu. Nós estamos chateados e começou há muito tempo, escreveste no Savana, Zambeze e agora Maginero. Guebuza roubou votos e tu macaco de puta não disse nada…já estamos fartos de ti…. (…) …vamos te bater, vamos de prokurari para ti batir bem qui nunka vesti na vida (…).”.



Na mesma noite destas mensagens, a viatura pessoal do mesmo jornalista foi vandalizada na sua residência: partiram-lhe vidros, arrancaram-lhe espelhos laterais, rádio reprodutor de CD e vazaram-lhe as rodas.

O MISA-MOÇAMBIQUE denuncia e repudia, nos mais veementes termos, estes actos bárbaros de intimidação e de cerceamento da liberdade de expressão e de Imprensa, valores nobres consagrados na Constituição da República, e apela às autoridades policiais competentes para que ponham em prática todas as medidas necessárias para a garantia da segurança do jornalista ameaçado, bem como para a localização dos mentores de tais ameaças, com vista a levá-los à barra da Justiça.

Numa sociedade democrática e pluralista, como a moçambicana, é inaceitável que alguns sectores ainda recorram a métodos criminais para fazer valer os seus objectivos.

O MISA-Moçambique apela, igualmente, a todas as forças vivas da sociedade para que repudiem este acto bárbaro que atenta contra a sã convivência política e social no País.

Maputo, 19 de Maio de 2010.

Maldade dos Homens

Este homem é vítima da maldade dos Homens!

Este homem foi um bebezinho. Um filho querido da mae dele. Um amiguinho dos seus concidadaos no bairro.
Ele foi um inocente! Alguém que teve sonhos. Alguém que tem emocoes...

Agora vejam só no que a maldade dos homens o transformou.

Temos o direito de ser..

sexta-feira, 14 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Katyn será exibido em Maputo

Sexta-Feira, 21 de Maio; CCFM às 17h00 e 20h00
Quarta-Feira, 26 de Maio; UEM: Faculdade de Letras e Ciências Sociais às 15h00

Cinquenta anos após a sua primeira criação cinematográfica sobre a revolta de Varsóvia intitulada “O Canal” – o clássico que colocou o cinema polaco na cena internacional – o mestre Andrzej Wajda oferece-nos “Katyn”, um outro filme sobre a tragédia da Segunda Guerra Mundial. O filme deve o seu título à região florestal da Rússia actual, onde 21.768 oficiais e civis polacos foram executados pela polícia secreta de Estaline, a NKVD.

“Katyn” empenha-se em dar mais clareza a um acontecimento que foi durante um longo período deliberadamente encoberto de mistério. Durante os cinquenta anos da influência soviética, os relatos oficiais sobre o Katyn culpabilizaram nesta tragédia o regime nazi da Alemanha. Na altura em que Mikhail Gorbachev e posteriormente Boris Yeltsin assumiram a culpabilidade soviética, a verdade sobre Katyn já era um segredo aberto.

Ver o filme no Vídeo Google (versão integral legendado em português):
http://video.google.com/videoplay?docid=-2080155985610903776

Katyn / Ficha Técnica
Co-produção: Polónia – União Europeia
Realizador: Andrzej Wajda
Drama, 115 min, 2007, com legendas em inglês
Com: Andrzej Mijewski, Maja Ostaszewska, Andrzej Chyra

terça-feira, 4 de maio de 2010

Alice Mabota: Prémio Mulher Coragem 2010

A presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique, Alice Mabota, recebeu ontem, em Maputo, o Prémio "Mulher de Coragem 2010" em reconhecimento do seu trabalho na promocao e defesa dos Direitos Humanos e dos Direitos da Mulher.
O Prémio é outorgado à mulheres líderes emergentes mundialmente e foi entregue à Alice Mabota pela embaixadora norte-americana em Moçambique, Leslie Rowe, na companhia do Adjunto Secretário do estado Norte Americano.
A Liga dos Direitos Humanos é a primeira Organizacao da Sociedade Civil Mocambicana a abordar abertamente a matéria dos Direitos Humanos no país.

O prémio foi instituído pela antiga secretária do Estado norte-americano Condoleezza Rice para assinalar o Dia Internacional da Mulher.
Parabens Alice Mabota
Parabens LDH

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Tintas Robbialac estalinista

A empresa portuguesa de tintas Robbialac criou uma nova cor de tinta a que deu o nome de “Vermelho Estaline” (Sic!).

Para comprovar o tamanho da criatividade, pode-se dirigir ao catálogo dos seus produtos disponível na Net:
http://www.robbialac.pt/folder/catalogo/ficheiro/1_catalogotintagemcolorizer2008.pdf

Já imaginou uma tinta do tipo: “Preto Mussolini”, “Cinzento Salazar” ou “Castanho Hitler”? Pois é, Mussolini ou Salazar são figuras politicamente incorrectas. Mas já o Stalin, responsável pelos horrores do Holodomor, Massacre de Katyn ou GULAG, a julgar pelas sensibilidades dos “criativos” de Robbialac é um estadista completamente aceitável.

Eu pessoalmente assumo a minha própria responsabilidade em não comprar nenhum produto Robbialac, até que a empresa retire do mercado a tinta genocidária, pedindo as desculpas públicas aos milhões de vítimas de estalinismo, na Rússia, ou em qualquer outro país do Mundo.

Mostrar a sua opinião à Robbialac: robbialac@robbialac.pt; Telefone: + 351 21 994 77 00; Fax: +351 21 994 77 94; Linha Verde: + 351 800 200 725.

Fonte:
http://darussia.blogspot.com/2010/04/robbialac-cria-tinta-especial-para-casa.html
Últimas: A Robbialac retirou a sua tinta “Vermelho Estaline” do catálogo e o próprio catálogo neste momento já não está disponível na Internet.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Adeus Idílio Gonzaga Franscisco Sumbana

Lembro-me muito bem quando nos encontramos pela primeira vez em Nampula. Estávamos todos vislumbrados com a ideia de fazer o nosso curso de Direito. Ao mesmo tempo que os nossos olhos brilhavam de emoção, a incerteza espreitava de longe porque pela frente tínhamos seis anos de escola e a cada semestre tínhamos que fazer pagamentos em dólares.

Idílio era um rapaz muito visível, não só pela sua compostura física, mas também pelo seu jeito de ser, era calmo, não precipitado, era brincalhão e conseguia separar os momentos.

Quando começamos o nosso ano zero, a turma pareceu dividir-se em grupos. Um grupo que sabia o que estava a fazer em Nampula e outro grupo que estava só por estar. Idílio fazia parte do grupo que sabia o que estava a fazer na UCM. Ele e muitos de nós, queríamos esse curso para nos afirmarmos como profissionais e emanciparmo-nos.

A medida que os anos foram passando fomos aprofundando o conhecimento um do outro. E Idílio ensinou-nos a acreditar. Ensinou-nos a tentar mais uma vez, ensinou-nos a correr atrás dos nossos sonhos e a saber que não há limites para quem acredita. Idílio ensinou-nos o trabalho árduo. Ele era um rapaz muito curioso e as vezes atrapalhado. Mas sem nunca perder o senso de humor.

Como se chora um amigo desses? Como se chora um irmão de luta, como se chora uma pessoa que soube estar presente nas horas certas e nas horas incertas? Confesso que não tenho respostas para isso.

Há alguns anos conversando com Gonzaga, como eu gostava de chamar-lhe, ele dizia-me: “olha Duma, agora sou especialista do Direito Romano aqui na Beira”. Fazia-me rir, mas ele falava a verdade, tinha sido discípulo também de outro grande especialista: o Padre Augusto. E eu dizia ao Idílio: “mano, o teu caminho ainda é muito grande”. E riamos.

Lembrávamos nos de Dambujo que dizia ser especialista em Direito do Trabalho. E riamos. Lembrávamo-nos de outros que diziam ser filósofos, ser jurisconsultos e ai por diante. Lembrávamo-nos das cábulas, dos testes não preparados, da mudança do curriculum e da falta de dinheiro para as propinas e riamos muito. Idílio gostava de rir.

Depois Idílio mudou de paradigmas, virou magistrado do Ministério Público. Eu brincava com ele: e agora Gonzaga, vais aplicar o Direito Romano em Caia? Riamos de novo….mas agora já não temos como rir. Gonzaga foi-se. Foi-se e nem tivemos tempo de nos despedirmos.

Tentei em vão passar pela sua residência em Caia. Duas vezes, em Dezembro e em Janeiro deste ano, mas sempre a desencontramo-nos. Depois ficou ele a cuidar do meu irmão que em passagem para Nampula o carro avariou em Caia. Idílio me ligou dizendo: Mano, não é em vão que estou aqui!

Caíram-me lágrimas quando na Sexta-feira dia 16 de Abril, logo de manha recebi a mensagem de Manuel Machaze informando-me da infelicidade. Não acreditei, fiz algumas chamadas, mas tinha realmente acontecido. Chorei. Não podia acreditar. E foi comunicando-me com alguns colegas: O Vasco Mambo, o Machaze, o Amosse, o Danny Boy, o Dambujo, a Bibi, o Macie e outros. Ninguém acreditou. Mas tínhamos que encarar a realidade. Cada um tentou se lembrar dos maus e bons momentos que juntos vivemos e isso deixou-nos tristes.

Agora que te foste grande amigo, sem dizer adeus. Sem dar-nos tempo de pararmos e reflectirmos o longo caminho que percorremos desde o primeiro dia que abraçamos esta jornada. Ficam saudades, ficam mágoas, ficam lágrimas e remorsos.

Podíamos ter sido um pouco mais atentos, mais atenciosos, para perceber que tudo estava rápido demais e que algo estava prestes a acontecer. Podíamos ter mantido aquela corrente de energia, sempre ligada e a fluir. Quem sabe pudéssemos adiar o acontecimento. Podíamos ter impedido que do nada decidisses ir. Ir para um lugar que ninguém conhece. Decidiste ir sozinho, sem avisar ninguém e sem levar nada. Como quem se revolta de tudo que fez. Como quem quer dizer um basta a tudo que o rodeia.

Partiste Idílio e deixaste-nos uma grande lição. A lição do amor, da paciência, do cuidado e da atenção. Quem sabe, naquele dia que te foste estavas a precisar de um de nós e ninguém estava presente? Quem sabe tentaste falar com alguém e ninguém te respondeu? Quem sabe Idílio, quem sabe se nos não fomos suficientemente atentos para te escutar nosso caro amigo?

Tentaremos aprender contigo e guardaremos intacta a tua memória. Por tudo que tu foste. Por tudo que nós vivemos juntos e por tudo que tu nos ensinaste. Tentaremos escutar a tua voz e olharemos para o futuro com mais amor. Quem sabe isso te imortalize amigo Gonzaga. Quem sabe isso te console amigo Gonzaga. Quem sabe isso te faça viver mais uma vez amigo Gonzaga.
Descanse em paz meu irmão.

Descanse em paz e que Deus te guarde até ao dia em que mais uma vez nos encontraremos e ninguém mais nos separará!
Paz

Custódio Duma

domingo, 11 de abril de 2010

Katyn: a tragédia do povo polaco

Após a morte trágica do presidente da Polónia, Sr. Lech Kaczyński, a Sua Esposa, Sra. Maria Kaczyńska e de toda a delegação e tripulação polaca, que viajava à Rússia para homenagear a memória dos mais de 22.000 soldados e oficiais polacos secretamente assassinados pela NKVD estalinista em 1940, aconselho ver o filme Katyn, que poderá fornecer a base histórica para todos aqueles que querem perceber melhor as relações entre a Polónia e o seu vizinho do norte.

Quem quiser assinar o livro de condolências, poderá fazer isso a partir de amanha, dia 12 de Abril na sede do Consulado Polaco em Maputo:
Endereço: Consulado Geral da República da Polónia em Moçambique: Maputo, Rua Clarim de Chaves, №39 (atrás do Kayum Center)
Tel / Fax: (+258) 21 329111;
Telemóvel: (+258) 82/84 3175130

Dias: 12 – 16 de Abril (segunda à sexta), das 12h00 às 14h00

A página oficial do filme Katyn:
http://www.katyn.netino.pl/en

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Senegal: a Estatua da Discórdia!

Esta Estatua tem mais 10 Metros
Que a de Cristo Redentor no Rio
de Janeiro!!!!
Custou cerca de 27 milhoes de USD
Abdoulaye Wade reclama 35% de
Direitos Autorais

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O Grande Problema da Igualdade entre os Humanos


O meu amigo que é filósofo insiste que não é possível que os seres humanos sejam iguais em dignidade e que gozem de direitos iguais, oportunidades iguais e deveres iguais. Ele insiste de forma racional para explicar-me que não adianta o quanto os defensores dos direitos humanos possam elevar a sua utopia em busca da igualdade, ela simplesmente não existe. Uns devem ser sempre superiores e melhores que os outros.

O meu amigo pode estar certo, mas eu não consigo entender porque é que nós os seres humanos não podemos ser iguais em direitos e dignidade. Porque não podemos ter as mesmas oportunidades e as mesmas facilidades de vida. Eu simplesmente não consigo entender isso. Não entendo porque os negros não podem ser iguais aos brancos assim como não entendo porque todos não podemos ser ricos ou pobres da igual maneira.

Não consigo entender porque uns podem trabalhar somente oito horas por dia e obterem o salário suficiente para viverem uma vida condigna enquanto outros precisam trabalhar 15 a 20 horas para poderem ter algum ordenado que na essência não chega a satisfazer um terço das suas necessidades básicas. Não entendo porque uns são obrigados a trabalhar enquanto ainda menores de idade e outros só começam a trabalhar com a maioridade necessária.

Não consigo entender porque as meninas não podem todas terem as mesmas oportunidades de educação e trabalho. Umas acabam se oferecendo a prostituição enquanto adolescentes. Vendem seu corpo para sustentarem a família inteira enquanto outras meninas da mesma idade estudam e têm alguém que cuide delas, custeando uma boa parte das suas despesas de educação, lazer, entre outros.

Não consigo perceber porque alguns vivem nas ruas, vestem-se de restos de roupa. Alimentam-se de lixo e dormem nas bermas das estradas ou nas esquinas da cidade cobrindo caixotes e folhas de árvores, enquanto outros vivem em condomínios. Comem pão importando e vestem-se da mais pura lã. Não consigo perceber porque uns vivem em casas de luxo e outros simplesmente vivem nas barracas.

Não consigo perceber porque algumas pessoas vivem toda a sua vida fugindo ou acampados como refugiados por causa da guerra ou catástrofes enquanto outros vivem na mais alta comodidade sem se aperceberem do que acontece no mundo fora. Não entendo porque algumas crianças nunca viram um sorriso de seus pais ou irmãos por causa da dor da guerra.

Não entendo porque algumas pessoas têm o direito de ter um pai e uma mãe. Tem o direito de viverem numa família e a apreenderem o valor da fraternidade, da solidariedade e do carinho, enquanto que outras pessoas nunca chegam a conhecer seus pais, ou pelo menos um deles. Outras pessoas nunca chegam a conviver com seus irmãos, nunca chegam a saber o que é o calor familiar ou o a união familiar.

Não entendo porque somente uns podem estudar e fazer um curso superior e outros não. Não entendo porque uns têm um nome que é respeitado e outros são completamente anónimos na sociedade. Não entendo porque uns rostos brilham mais que outros. Não entendo porque uns acreditam no futuro e outros não mais acreditam nem no futuro, nem na vida nem em nada. Vivem cada minuto que lhes aparece como o último das suas vidas.

Não entendo porque é que uns tem o direito de sonhar, sonhar com viagens, com festas, com um casamento, com outros continentes, com carros, aviões, casas, música, sonhar livremente sobre tudo que entender enquanto outros nunca sonham. Não sonham acordados nem a dormir. Simplesmente não sonham porque nem acreditam na vida que vivem. Não sabem se estão vivos ou mortos.

Não entendo porque uns podem sentar nas suas casas ou num cinema e com pipocas ao lado assistirem filmes ou shows, enquanto outros nem sabem o que é diversão e lazer.

Há muitas coisas que eu não entendo. Mas o mais grosso do que eu não entendo se resume em duas perguntas: como é que algumas pessoas podem pensar que isso tem que ser assim mesmo, que nunca seremos iguais e que uns devem sofrer e outros não, uns devem servir e outros servidos, uns devem controlar e decidir sobre a vida dos outros e esses outros devem somente esperar a sua sorte. Essa é a minha primeira indagação.

A minha segunda indagação consiste no seguinte: como é que algumas pessoas para alem de somente pensar desta maneira, contribuem para que o mundo seja assim tão desigual. Não entendo porque algumas pessoas que já têm o mínimo do que precisam, continuam a roubar aos pobres. Não entendo porque é que os mais fortes exploram e chegam a matar os mais fracos. Não entendo porque os mais fortes pensam que os fracos, os pobres e os miseráveis são sempre um perigo e por conta disso devem ser controlados e se necessário banidos. Me parece um regresso ao estado da natureza.

Eu acredito que o mundo tem a cara que nós os seres humanos lhe damos. Se construímos um mundo cheio de amarguras teremos connosco milhares de rostos desesperados, murchados e prontos para qualquer sacrifício em prol da sua vida. Se construímos um mundo de desigualdade teremos os homens medindo sempre as suas forças, uns querendo ser mais fortes, mais ricos e mais poderosos e outros recusando essas premissas e por meio da violência passando seus recados.

Acredito também que quanto mais desiguais forem os homens na face da terra mais medo subsistirá entre os viventes. A desigualdade gera a onda de violência, do mal estar e de desrespeito à vida. O respeito pela vida é mais acentuado em pessoas que se sentem respeitadas, dignificadas e com espaço na sociedade. Aquelas que se sentem excluídas, desprezadas e humilhadas não estão dispostas a respeitar os valores impostos pelos detentores do poder económico, politico ou cultural.

Eu acredito numa sociedade em que todos os seres humanos podem ser iguais em direitos e dignidade. Onde todos podem ter voz e vez. Onde todos podem usufruir da riqueza da nação e onde todos podem respeitar a vida. Eu acredito na sociedade em que a tristeza de um é de todos, a dor de um é de todos e onde a alegria e a felicidade de um é de todos. Eu acredito!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O Drama dos Negros e a Maldição: Conclusão!



Continuando a minha reflexão da semana passada, gostaria de resgatar dois pontos essenciais, o primeiro é: os negros, onde quer que estejam, sempre vão sofrer. O segundo é: os negros estão amaldiçoados.

Embora todos os seres humanos encontrem sofrimento no seu dia a dia, parece que aos negros esse sofrimento é multiplicado. Veja que no caso de Haiti por exemplo, o país já era o mais pobre da América Latina, nunca teve momentos de paz e tranquilidade, tem um governo instável e acusado de corrupção, sofre de catástrofes naturais e para o cúmulo, o último drama que assistimos: o sismo!

Ainda na América Latina, encontramos o Brasil por exemplo, país que se gaba de ser multi cultural e racial, mas onde os negros sofrem demais. Eles são na prática, considerados cidadãos de segunda ou terceira classe, o que lhes tira todo o tipo de oportunidades e lhes conduz a um estilo de vida bastante pesado e contrário aos mais elementares valores humanos.

Vivem um ciclo vicioso, na medida em que o seu estilo de vida acaba colocando-lhes em situações bastante vulnerável. O que cria mais ladrões, mais traficantes, mais prostitutas e menos médicos, engenheiros, advogados, entre outros. Mas mesmo os que conseguem chegar a essas formações, podem não conseguir encontrar um emprego.

Nos Estados Unidos acontece o mesmo. Hoje temos um negro como o Presidente dessa maior potência do mundo, mesmo assim, as estatísticas mostram que há mais negros nas cadeias do que brancos, há mais negros na mendicidade do que brancos, há mais negros a viver com baixa ou sem renda do que brancos. É o drama dos negros.

Em Africa, o berço da humanidade, onde a humanidade começou e se espalhou para o resto do mundo e para onde a humanidade inteira retornará, o cenário não é diferente. Em Africa os negros sofrem de tudo, as maiores doenças e epidemias, as catástrofes naturais, as ditaduras governamentais, a fome, as pestes, as guerras, a pobreza e tudo o resto que se pode imaginar.

Para concluir o ciclo, para alem de governos corruptos e fraquezas nas formulações de planos de combate a pobreza, nota-se que o continente continua sendo a vaca leiteira de muitos outros. É de Africa que saem os recursos para que uma boa parte da máquina capitalista funcione. E os africanos quase que não ganham com isso.

Mas quem foi que amaldiçoou os africanos? Será mesmo que foi Noé? Pode ser que sim, mas também pode não ser? E se não for Noé quem terá sido? Dizem que a cultura de pobreza, preguiça e sofrimento se enraizou muito nos africanos que agora já não se esforçam para fazer nada. Passam a vida se divertindo e não reflectindo sobre a sua situação. Talvez seja por isso que em muitos lugares do mundo os negros são somente futebolistas, cantores, pintores ou simples seguranças.

Pode ser uma tese correcta, mas se olharmos atentamente a história de um e de outro, veremos o quanto esses africanos que se esforçaram tiveram que trabalhar no duro, duas ou três vezes mais do que um branco por exemplo poderia se esforçar para chegar ao mesmo ponto.

E não quero aqui colocar os africanos numa situação infeliz em relação aos brancos porque a questão não é africanos negros e brancos, é o sofrimento dos negros. Embora não se pode falar do sofrimento dos negros sem olhar para os brancos e se calhar aqui reside uma parte do problema. Comparar Africa com a Europa. Ler o negro tendo o branco como referência.

Ter a Europa ou a América e o branco como o modelo para africa e para os negros pode ser uma via errada de analisar os problemas de Africa e dos africamos e sobre tudo os seus dramas. Os factos mostram que a Europa deturpou a história de Africa e o que os africanos fizeram foi continuar com essa deturpação e perpetuar os vícios que aprenderam. Juntando esses vícios aprendidos aos males e ambições que já tinham por si, os africanos fizeram esta africa que temos: dramática!

Há quem diga que os africanos estão a pagar pelos males dos seus ancestrais, que venderam seus irmãos como escravos, que comeram alguns, que sacrificaram seus filhos e suas filhas a deuses imaginários, que queimaram vivos homens e mulheres inocentes por causa de poder político, por causa de recursos naturais, por causa de poder e ambição.

Mas aqueles comportamentos também podem ser vistos na Europa antiga, na Ásia e na América. Mas esses não sofrem tanto assim como os africanos. É por isso que em parte, não acredito na história das maldições e prefiro pensar que os africanos ainda não encontraram seu caminho e enquanto isso vão sofrendo tudo porque para alem de não verem a luz não entendem a dinâmica do mundo, nem a opinião que determina o curso da historia.

Já andam teorias conspiratórias de que o sismo do Haiti não foi natural, ele foi criado pelos Estados Unidos da América. Pode ser verdade, assim como pode ser verdade que várias doenças foram criadas especialmente para os africanos e que a gripe H1N1 foi inventada para criar pânico e galvanizar o mercado farmacêutico.

Se os africanos resgatarem ideias de Marcus Garvey, de Mandela, de Malcolm X, de Ndzinga Bandi, de Steve Biko, de Haile Selassie, de Samora Machel, de Bob Marley, de Kwamme Nkrumah, de Zumbi dos Palmares, de Luther King e até de Ninrode entre outros, penso que poderão ver a luz e encontrar o caminho para a sua afirmação.

Mais do que encontrar a fonte da maldição, importa encontrar o caminho, a luz e o destino dos negros no mundo. Isso ajudará a resgatar a sua auto afirmação, a sua identidade e definirá com certeza o seu lugar no mundo e poderão assim, ter o direito a vez e a voz, conceitos que são desconhecidos por muitos negros.

Mais não disse!