quarta-feira, 4 de junho de 2008

Massacre de Tiananmen...

19 anos atrás, em 1989, na China, em Pequim (Beijing), sucedeu-se o Protesto na Praça da Paz Celestial (Tian'anmen), mais conhecido como Massacre da Praça da Paz Celestial, ou ainda Massacre de 4 de Junho.

Uma série de manifestações lideradas por estudantes na República Popular da China ocorreram entre os dias 15 de Abril e 4 de Junho de 1989. Os manifestantes (em torno de cem mil), eram oriundos de diferentes grupos, desde intelectuais que acreditavam que o governo do Partido Comunista era demasiado repressivo e corrupto, a trabalhadores da cidade, que acreditavam que as reformas económicas na China haviam sido lentas e que a inflação e o desemprego estavam dificultando suas vidas. Os protestos consistiam em caminhadas pacíficas nas ruas de Pequim.
No dia 4 ocorreu a cena mais conhecida dos eventos: foi tirada a fotografia vencedora do World Press Photo de 1989, na qual é mostrada um jovem estudante parado no meio de uma avenida detendo a fileira de tanques que circulava por ela, em frente à porta da Cidade Proibida. Ainda, sua foto, estampou manchetes mundo afora e ganhou o Prêmio Pulitzer em 1990. Até hoje não se sabe o nome do rapaz, apelidado "Homem-tanque" ou "Rebelde Desconhecido", eleito pela Time como uma das pessoas mais influentes do século XX.
Apesar dos esforços, até hoje os meios de comunicação ocidentais foram incapazes de identificar a figura solitária. A Revista Time o elogiou, considerando-o como uma das cem pessoas mais influentes do século XX. Pouco depois do incidente, o diário britânico Sunday Express o identificou como Wang Weilin, um estudante de 19 anos de idade; entretanto, a veracidade dessa identificação é duvidosa. Bruce Herschensohn, assistente especial do presidente dos Estados Unidos Richard Nixon e membro da equipe de Ronald Reagan, assegurou que ele foi executado catorze dias depois da revolta, por um pelotão de fuzilamento. Jan Wong escreveu que esse homem segue com vida e está escondido na área rural da China. William Bell, escritor canadense, assegura que o estudante se chamava Wang Aimin e foi executado em 9 de Junho.
O número de mortos e feridos segue sendo um segredo de estado. Um funcionário não identificado da Cruz Vermelha chinesa assegurou que houve 2.600 mortos, 2 mil cidadãos feridos e que se perdeu contacto com 400 soldados. O Comité Central de Associações Autónomas da Universidade de Tsinghua falou em 4 mil mortos e 30 mil feridos.

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