domingo, 20 de abril de 2008

ARMAS PARA O ZIMBABWE VIA ANGOLA

O MUNDO ESTÁ DE OLHO NO SUL DA ÁFRICA – DETENHAM O NAVIO E AS ARMAS

Aviso de Pauta da Rede Internacional de Ação para o Controle de Armas (IANSA)

 Johannesburg – 19 de abril de 2008

 

IANSA, o movimento global contra a violência armada obteve uma decisão judicial que impediu um carregamento de armas, incluindo AK-47s, lança granadas e morteiros, que estavam em um cargueiro chinês de serem transportadas através da África do Sul para o Zimbábue. A IANSA apela agora aos governos do Sul da África, especialmente Moçambique, para também impedirem este carregamento de armas.

 

As leis sul africanas estabelecem que as licenças para transportar armas através da África do Sul têm de ser canceladas ou suspensas em casos de manutenção da paz internacional ou para evitar repressão. Os sindicatos da indústria de transporte sul africana também anunciaram um boicote ao carregamento de armas.

 

“A IANSA saúda a decisão judicial e a solidariedade demonstradas pelos sindicatos Sul Africanos” afirma Joseph Dube, coordenador da Rede para a África. “A África do Sul tem a oportunidade de mostrar ao mundo que atrocidades cometidas com armas de fogo podem ser interrompidas pela ação de governos responsáveis. IANSA pede ainda que o Governo detenha as armas até que o Zimbábue prove que estas não serão mal utilizadas. Só isto garantira que o povo do Zimbábue não será vítima destas armas.”

 

IANSA agora está bastante preocupada que o navio possa estar se dirigindo para outros portos da região sul Africana, como Maputo ou Beira, e que os exportadores e o governo do Zimbábue buscarão rotas terrestres alternativas.

 

“Nós lembramos a todos os países da região sul Africana, incluindo os vizinhos Namíbia e Moçambique, que eles ratificaram o Protocolo de Armas de Fogo da Comunidade de Desenvolvimento do Sul da África de 2004,” afirmou a oficial de comunicação da IANSA Louise Rimmer. “O Protocolo afirma expressamente que todos os governos do sul da África devem harmonizar suas leis de controle de armas para prevenir conflitos e a acumulação de estoques que possam desestabilizar a região. O direito da África do Sul e Internacional têm sido utilizado para impedir o transporte destas armas para o Zimbábue através da África do Sul, portanto outras autoridades também tem o dever de impedi-lo.”

 

IANSA é o movimento global contra a violência armada consistindo numa rede de 800 organizações da sociedade civil trabalhando em 120 países contra a proliferação e o mal-uso das armas pequenas e leves. IANSA procura proteger a vida das pessoas da violência armada através da promoção de leis mais duras sobre armas na sociedade e um maior controle das exportações de armas. IANSA defende um tratado internacional para o controle de armas legalmente vinculante para diminuir o sofrimento causado pelas transferências irresponsáveis de armas. 

Para maiores informações, favor entrar em contato com Joseph Dube no telefone + 27 79 324 3065 ou com Louise Rimmer no telefone + 44 7900 242 869 

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